terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Viva o Cinema Nacional ou não...


Amigos e amigas, essa semana assisti três filmes nacionais - "Não se preocupe, no final nada vai dar certo"; "Federal" e "Durval Discos"

Assisti o Federal porque tinha Selton Melllo.



O ator vive praticamente de cinema agora e dá vários tiros certos. Ele é o "Queridinho do Cinema Brasileiro". Está batendo recordes de bilheteria com O Palhaço (é diretor também). Na terceira semana tinha atingido 1 milhão de expectadores. O cara se dá ao luxo de só fazer séries e mini-séries na globo. Desde 1.999 não faz uma novela.



Dentre os destaques no currículo do cinema tem Lamarca, Guerra de Canudos, O que é Isso Companheiro, Auto da Compadecida, Caramuru, Lisbela e o Prisioneiro, O Coronel e o Lobisomem, Árido Movie, Cheiro do Ralo, Meu nome não é Jhonny, Mulher Invisivel, Jean Charles e O Palhaço.

Mas o Federal é bem meia-boca. História da Policia Federal agindo contra o tráfico na capital Brasília. O filme tem Carlos Alberto Riccelli como protagonista também, a participação do americano Michael Madsen e Eduardo Dusek na pele do traficantão mor.

O currículo dele fez eu assistir o filme. Faz parte...

Antes do Federal, assisti Durval Discos. Um filme que todo mundo fala muito bem e como é ligado a música sempre tive vontade de assistir.



O enredo do filme na capa do dvd é fantástica. Quarentão que tem uma loja de vinil que luta contra a mudança do LP para o CD.

Trilha sonora das melhores. Ary França segurando o papel com garra, até que o enredo do filme se envereda para um drama tragicômico tentando fazer uma crítica social a violência urbana.

Triste é o fim do filme com pedreiros derrubando o prédio antigo em que ele morava fazendo crítica direta a demolição de prédios históricos em detrimento a construção dos arranha-céus atuais.

Eu particularmente me decepcionei. Sequestro sem querer de uma criança, com direito a cavalo dentro da casa do cara, a mãe, muito bem interpretada por Etty Fraser, mata a Marisa Orth, melhor amiga dele. Sinceramente, não gostei do jeito que a crítica social foi levada no filme.

Mas a trilha sonora é fantástica e o filme tem a participação de Rita Lee comprando um vinil do Caetano e de André Abujamra fazendo um rastafari acompanhando Theo Werneck que estava atrás do Racional do Tim Maia.




Mas depois desses dois filmes, graças a deus um filme salvou. A comédia de Hugo Carvana Não se preocupe, nada vai dar certo. Comédia leve e bem honesta. O filme conta a história do filho Lalau Velasco  (Gregório Duvivier) que se apresenta pelo interior com seu stand-up baseado na vida do pai, Ramon Velasco (Tarcisio Meira) ator veterano que só se mete em trambiques e golpes e é o criador do bordão Não se preocupe, nada vai dar certo. O filme segura as pontas, Tarcisio Meira está impagável. Assistindo o filme me veio na cabeça um seriado da Globo com as histórias do pai e filho.



Hugo Carvana faz uma ponta no filme como um ator veterano que mora no Retiro dos Artistas. No final, houve uma singela homenagem para o ator e diretor de cinema. Senti que ele estava meio baqueado no final do filme. Carvana é peça importante no cinema nacional tendo dirigido Vai Trabalhar Vagabundo 1 e 2, Bar Esperança, Homem Nu, entre outros. Foi ator de mais 50 filmes.

TOM






Semana passada foi lançado o filme A música segundo Tom Jobim. O filme tem a direção de Nelson Pereira dos Santos (vide Vidas Secas, Rio 40 Graus, Memórias do Carcere) e Dora Jobim e roteiro de Nelson também e Miucha Buarque.

O filme conta a trajetória musical de Tom e não tem uma fala. Só música rolando. Olhem o que diz a sinopse:

Em A música segundo Tom Jobim, os diretores escolheram o caminho sensorial da imagem e do som para exibir o trabalho do músico considerado, ao lado de Heitor Villa-Lobos, um dos maiores expoentes de todos os tempos da música brasileira. Não há uma palavra sequer no filme. E nem é preciso. Uma sucessão de imagens de grandes intérpretes brasileiros e internacionais em performances inesquecíveis, e do próprio Tom Jobim, em diferentes momentos, alinhava a trajetória musical do "maestro soberano". Está tudo lá: a força e a beleza da sua música, as diferentes fases do artista, o alcance e a poesia das suas canções, sua personalidade musical, a importância da sua obra. Tudo conduzido de forma vigorosa e poética, sem necessidade de maiores explicações. Apenas o prazer e a emoção de ouvir Tom Jobim. (fonte:www.cinema10.com.br) 


Tom Jobim completaria 75 anos de vida agora no dia 25/01 .


CONFIAR



O filme não é nacional como os outros três que assisti e disse por aqui. Mas é muito bom. 

O nome - Confiar (Trust). O filme trata da relação de garotas de 12 a 14 anos com a internet e a trama gira em torno de uma menina, filha do personagem de Clive Owen, que foi molestada sexualmente por um professor de 35 anos.

O filme traça um paralelo de como essas meninas acabam caindo na história desses criminosos sexuais, de como a família lida com essa situação, o trabalho da FBI nos casos de crimes sexuais e a vida normal que esses molestadores sexuais vivem com filhos, esposa, pessoas normais da sociedade que escondem essa perversão. 

O filme é muito interessante. A direção é do surpreendente David Schwimmer, o Ross do seriado Friends.

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